O Deus da esperança


O ano caminha para o fim e as luzes começam a aparecer: nas ruas, nas casas, nos estabelecimentos comerciais e em diversos locais públicos. Preparativos para festas, banquetes, troca de presentes e diversos tipos de comemorações se iniciam. Não é difícil perceber que estou falando do período natalino. Embora algumas pessoas ignorem ou percam o real sentido do que é esta época e apesar de outras ainda acirrarem discussões demoradas e repetitivas  sobre “comemorar ou não comemorar”, todo esse momento de preparação me faz pensar frequentemente em uma palavra: esperança.

Não é para menos, a despeito de questões relacionadas a uma data específica, o Natal focaliza a boa notícia que deve nortear todos os nossos dias: um menino nasceu para mudar o rumo de nossas vidas. Sua vida e obra nos livrou da condenação, há esperança para este mundo caído e depravado. Esta é a mensagem que tantos têm esquecido, Deus veio até nós para nos reconciliar com Ele mesmo e nos deu esperança quando tudo parecia perdido. De fato, um dia “dentro de um certo estábulo, havia alguém que era maior que o nosso mundo inteiro”.

Nosso Deus enviou seu único filho quando ainda estávamos submersos em nossos pecados, o que nos mostra  quão grande é seu amor para conosco. Jesus levou sobre si o castigo que deveria ser nosso, Ele tomou o nosso lugar e fez-se alvo da justa ira de Deus. Cristo é a luz que clareou a escuridão do nosso coração, é a luz verdadeira que irradiou um mundo em trevas e ninguém nunca conseguiu apagar.

“Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.” (João 1.4-5).

Isaías já previa que as nações colocariam nEle a sua esperança (Is 42.1-4). Muito tempo depois, o apóstolo Paulo relembra as as palavras do profeta em uma situação específica ao escrever aos Romanos. Em Romanos 15, observamos Paulo continuar um assunto iniciado no capítulo anterior, a saber, a tolerância com os fracos na fé. Os conflitos envolvendo algumas regras alimentares e relacionados a guarda de dias eram comuns entre judeus e gentios. Assim, este capítulo põe o foco em Cristo como nosso maior exemplo de abnegação e edificação do próximo, Paulo enfatiza que assim como fomos acolhidos por Jesus, devemos acolher os outros apesar das diferenças supérfluas.  Ele finaliza seu argumento retomando citações do AT para destacar que a obra de Jesus traz implicações tanto para judeus quanto para gentios:

E Isaías também diz:

"Brotará a raiz de Jessé, aquele que se levantará para reinar sobre os gentios; estes colocarão nele a sua esperança". (Rm 15:12)

Portanto, todos os povos, todas as nações, judeus e gentios agora têm esperança nAquele que reina eternamente. Dessa forma, é importante que o nosso coração esteja disposto a celebrar e compartilhar  com alegria a mensagem do evangelho, a mensagem de reconciliação, de acolhimento e salvação que o nosso Deus escreveu em uma rude cruz. Que as luzes ofuscantes que estão começando a aparecer tragam a sua memória Aquele que é a verdadeira luz inextinguível, que os presentes e os momentos em família recordem a você a bela dádiva que é ser filha de um Deus tão amoroso. Que nestes dias de preparação numa época na qual tantas pessoas se dão conta de um acontecimento tão importante (talvez até pela primeira vez no ano), que você não perca a oportunidade de tornar conhecido o Deus da esperança.

“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo.” (Rm 15. 13)


Juliany Correia

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