Indicação de livro: “Feminilidade radical” - Carolyn McCulley
Este livro foi escrito por uma ex-feminista, Carolyn
McCulley, para tratar sobre o feminismo e a feminilidade bíblica - assuntos
muito relevantes para nós, cristãs. Ele foi lançado em português ano passado
pela editora Fiel.
Carolyn McCulley atualmente é autora, palestrante e
cineasta, e inclusive, estará nesse ano na Conferência Fiel para Mulheres como
uma de suas palestrantes.
Ainda no prefácio, a autora diz que este era o livro que ela
gostaria que alguém tivesse a dado em seu aniversário de trinta anos, quando
ouviu um sermão a respeito de Jesus Cristo e começou a refletir nas verdades
que ouvira, desenvolvendo assim os primeiros passos em sua fé. Então, esse
livro foi escrito para o seu eu de 30 anos, quando precisava ser instruída na
verdade bíblica e restaurada em sua cosmovisão, estando ainda imbuída de uma
perspectiva feminista que havia nutrido durante vários anos.
“O feminismo alterou profundamente o conceito em nossa cultura do que significa ser uma mulher. Precisamos entender como esse movimento surgiu e quais têm sido seus objetivos, porque esses são agora as premissas de nossa cultura.”
De fato, todas fomos de algum modo afetadas pelo movimento
feminista, mesmo sem percebermos. Carolyn explica sobre as origens do feminismo
e suas três ondas neste livro, nos dando uma percepção de como ele foi um
movimento revolucionário em nossa história.
“O desafio de rever a história é entender o sentido da época, e então ser capaz de, objetivamente, separar certos eventos para examinar seu impacto futuro.”
Cada capítulo discorre sobre a influência que o feminismo
tem em diversas áreas da vida da mulher - como o matrimônio, a maternidade e a
sexualidade - retornando à visão bíblica acerca dela e dos seus papéis.
A autora afirma que o real problema das mulheres não são os
homens:
“...as mulheres realmente têm um problema. Mas ele não é o homem. É o pecado. O pecado deforma tudo, inclusive o bem que Deus planejou ao criar homem e mulher. As mulheres pecam contra os homens, e os homens pecam contra as mulheres, e todos pecam contra Deus e não alcançam seu padrão de santidade e perfeição. O pecado é a razão por que os homens têm oprimido as mulheres, e as mulheres têm usurpado os homens. O pecado é a razão para a inveja, o sentimento faccioso, a confusão e toda espécie de coisas ruins que caracterizam a falsa sabedoria. O pecado é a razão por que precisamos de um Salvador.”
Todas temos um problema, se chama pecado. Esse não é apenas
um dos nossos vários problemas, mas o pior problema que poderia advir sobre a
criação e a humanidade, incluindo as nossas vidas. É dele que se originaram
todos os males que existem e que podem nos acometer. É por causa dele que
existem tantos conflitos entre homens e homens, entre homens e mulheres, e no
fim de tudo, entre homens e Deus.
No quarto capítulo, Carolyn vai argumentar sobre a diferença
entre os gêneros ao destacar os seus papéis, rebatendo assim a ideologia
feminista de que somos iguais em tudo.
“Nossas estruturas cerebrais diferentes indicam que homens e mulheres processam estímulos, pensamentos, emoções e memórias diferentemente uns dos outros. Essencialmente, somos planejados para funcionar diferentemente. No entanto, pesquisadores enfatizam que não há qualquer diferença entre homens e mulheres no que se refere a QI ou inteligência. Nossos cérebros confirmam o que a Escritura nos diz: homens e mulheres são iguais em essência, mas criados para funcionar diferentemente.”
Temos diferentes funções, e isso não tem nada a ver com QI,
capacidades, ou dignidade diante do Senhor. Em um sentido homens e mulheres são
iguais, e em outro sentido, são diferentes.
O correto entendimento de quais são as nossas funções deve
nortear as nossas ações enquanto mulheres. Por isso, é de extrema importância
que nos voltemos para estudos de feminilidade bíblica a fim de nos encontramos,
e de nos conformarmos aos princípios divinos revelados, independente do quanto
seja difícil vivê-los em nossa era.
É importante destacar que tanto homens como mulheres têm
falhado em seus papéis, porém, há redenção no evangelho.
“Agora, eu vou admitir que muitos homens falham no papel de liderança humilde, sacrificial e amorosa. Muitas mulheres falham no papel de apoio humilde e encorajador. Apenas porque o pecado mancha um conceito, isso não significa que ele esteja além da redenção do evangelho.”
Carolyn prossegue no capítulo cinco falando da importância
do lar para a mulher cristã, mais uma vez rebatendo à influência cultural de
que somos diminuídas se formos donas de casa.
“Apenas uma dona de casa’ é uma frase que nossa cultura usa para minar a importância de uma esfera privada. Embora o mercado de trabalho não valorize o lar para além dos bens que podem ser adquiridos para ele, o ministério a ser encontrado no lar é de imenso valor para o Senhor. A estabilidade de relacionamentos familiares, o cuidado dos membros mais velhos ou debilitados da família, a disciplina e a educação dos filhos, a calorosa recepção de visitas, a produção de memórias para toda a vida, o exemplo diário de instrução bíblica, a alimentação saudável numa era de alimentos processados que contribuem para a nossa falta de saúde em geral, a alegria de um casamento centrado em Cristo — todas essas coisas têm efeitos duradouros, se não eternos.”
O que desenvolvemos em nossos estudos, carreira e profissão
possuem efeitos temporários, porém, o que desenvolvemos em nosso lar tem
efeitos duradouros e até eternos!
Além do papel e do lar da mulher, o livro ainda discorre
sobre a maternidade e a sexualidade, no que se diz respeito às áreas de nossas
vidas, relacionando os conceitos feministas com os princípios divinos. São
capítulos bem embasados teoricamente, com argumentos consistentes e exemplos
práticos. O livro é concluído com um apêndice com alguns materiais quanto ao
abuso (físico, verbal ou sexual).
Vale a pena a leitura, e pode ajudar tanto a mulheres como a
homens que queiram se aprofundar nestes assuntos. Precisamos resgatar nossa
feminilidade e masculinidade, mas não da nossa maneira. Em Sua graça, o Senhor
não nos deixou desorientadas quanto a essas coisas. De maneira clara, Ele nos
convida a abraçarmos tudo aquilo que Ele quer que sejamos, quando nos criou
homens e mulheres. Concluo com as seguintes palavras da autora:
“A conclusão não é quão bem os seres humanos têm se comportado, mas o que Deus diz sobre si mesmo, sua igreja e seu plano para suas criaturas [...] Em humildade, devemos admitir que houve falhas nos dois lados — mas isso nunca negará a Palavra de Deus. Portanto, precisamos abraçar o ensino da Bíblia acerca da masculinidade e da feminilidade de forma clara e ousada.”
Informações do livro:
Título: Feminilidade radical: fé feminina em um mundo
feminista
Autor: Carolyn McCulley
Editora: Fiel
Thayse Fernandes
Adoro esse Blog. E esse livro estou amando lê-lo. ❤
ResponderExcluirEncontro ele em pdf?
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