Cheias de compaixão
Qual é o seu maior interesse? Quais
são os seus planos para o futuro? Como você imagina a sua vida? Conte-me sobre
os seus sonhos. Quando estamos falando acerca destas questões citadas acima, a
saber, sonhos, planos e interesses, logo há um grande refletor de luz
direcionado para a estrela principal, nós. Na maior parte do tempo, os nossos
pensamentos e os nossos planejamentos estão ancorados em nós mesmas.
Tornamo-nos as protagonistas de nossas vidas e tudo o que há de bom e que
desejamos tem que nos ser servido.
Pouco do que imaginamos para o
nosso futuro, pouco dos interesses que temos para a nossa vida está firmado na
perspectiva da compaixão, do amor. Quantas de nós busca servir e doar-se a
outrem? O quanto as outras pessoas fazem parte de nossos planos de vida que
muitas vezes são individualistas? O egocentrismo tem invadido o nosso coração
de tal forma, que é extremamente difícil sentar com alguém e perguntar se este
deseja algo. Para nós, é pesaroso participar das lutas, dos planos, do dia a
dia, dos interesses de outra pessoa.
Quando Jesus estava prestes a
multiplicar os pães e os peixinhos em Marcos 6:30-44, os discípulos prontamente
revelaram o quanto ainda precisavam ser ensinados acerca da compaixão pelo
próximo. Eles pediram para que o Mestre despedisse a multidão. Jesus, por sua
vez, lhes ordenou para que eles mesmos suprissem a necessidade de comida para
que toda aquela gente pudesse se alimentar. Por causa de sua grande
compaixão, Cristo pediu para que o entregasse o que havia por ali - os pães e
os peixes - e multiplicou.
E declinando a tarde, vieram os
discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a
hora;despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias,
comprem para si o que comer.Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de
comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de
comer? (Marcos 6:35-37)
Não são poucas as vezes em que
podemos nos envolver com o que atinge a vida do próximo, podemos nos deixar
afetar, podemos permitir com que as pessoas façam parte de nossos planos,
sonhos e interesses. Contudo, permanecemos dizendo: “É melhor que partam, não
temos nada aqui.” Preferimos continuar vivendo a nossa vida baseada naquilo que
iremos conquistar, naquilo que trará um grande proveito para nós.
Em cada gesto do nosso Senhor, Ele
nos ensina a termos um coração cheio de compaixão, como também a colocar o
nosso próximo em primeiro lugar. Por que escolhemos determinada profissão? Para
qual propósito estamos estudando determinado curso na universidade? Por que
queremos tanto formar uma família? Por que queremos ter filhos? Por qual razão
não queremos ter filhos? Por que sentimos tanta dificuldade em nos doar para os
outros? Por qual razão não gostamos de servir aos outros? O que faz-nos querer servir
aos outros? Será que estamos ocupando os primeiros lugares no espetáculo da
vida e esquecendo que uma das ordenanças do nosso Pai é amar as outras pessoas
e se compadecer por elas?
Peça ao Senhor mais compaixão.
Vivencie o que é amar ao próximo. Se preocupe e se envolva com a dor do outro.
Não despeça alguém que tem fome, dê a ele o alimento necessário. Que os nossos
sonhos e planos não revelem o nosso ego inflado e a nossa busca contínua por
satisfação sem sentido, mas que Deus trabalhe em nós para que tenhamos o sonho
de dedicar a nossa vida ao serviço, que possamos nos engajar para que em nossos
interesses também haja o interesse em doar-se pelas vidas para a glória de
Deus. Que o nosso Pastor nos permita sermos como Ele é, cheio de compaixão.
Hellen Juliane
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Obs.: Não há problemas em planejar o futuro, sonhar e ter metas na vida. O que
o texto acima teve como objetivo abordar é que os nossos planos e interesses
não devem ser egoístas e vazios de compaixão pelo próximo.
Louvado seja Deus! Que benção ler esse texto
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