"Não oferecerei ao Senhor sacrifícios que não me custem nada"
Um dos maiores
desejos do cristão é agradar ao Senhor e servi-lo com autêntico amor. Quantas
vezes já não reproduzimos a mesma indagação que Davi fez no Salmo 116.12,
quando disse: “o que darei eu ao Senhor por tudo que me tem feito?”. Certamente
essa é uma das perguntas que nós, como cristãos, fazemos.
Embora seja esse
um desejo sincero, às vezes escapa da nossa reflexão de que maneira poderemos
agradar, servir e dar algo ao Senhor. Como certa vez mencionou Filipe Fontes ,
tão importante quanto o desejo de agradar a Deus é saber como Ele deseja ser
agradado, que tipo de oferta e adoração temos apresentado ao Criador.
Refletir sobre
isso me fez recordar uma certa ocasião em que Davi havia realizado um censo, o
qual não tinha sido aprovado por Deus (II Samuel 24). Davi seguiu seu orgulho e contou com seus
combatentes em vez de confiar em Deus para ser aquele que sempre luta por sua
nação. Ele queria contar ao povo para saber o número de homens, a fim de se
orgulhar por seu poder. Davi demonstrou que estava confiando mais em seu
exército do que na proteção de Deus. Realizar um censo em si não era um pecado,
mas a questão da motivação é o ponto mais importante, e esta não agradou ao
Senhor.
Lá em II Samuel
24 vemos de que forma aconteceu isso e, como castigo, Deus havia enviado pestes
a Israel. Entretanto, Davi logo reconheceu o seu pecado e pediu perdão ao
Senhor (II Sm 24.10) e, para aplacar a ira de Deus, era necessário oferecer um
sacrifício e este deveria ser o de construir um altar na eira de Araúna,
conforme falado por meio do profeta Gade (II Sm 24.18).
Na ocasião,
Davi, arrependido, vai até Araúna com seus servos e diz: “vim aqui para comprar
de ti esta eira, a fim de edificar nela um altar ao SENHOR, para que cesse a
praga de sobre o povo” (II Sm 24.21). Ao ouvir isso, Araúna imediatamente
oferece tudo que o rei precisava para fazer aquele holocausto, mas Davi
prontamente lhe responde:
“Não, mas eu o comprarei pelo devido preço, porque não oferecerei ao SENHOR, meu Deus, sacrifícios que não me custem nada” (II Samuel 24.24).
Observamos que
Davi estava convencido de que sua oferta ao Senhor teria que custar-lhe um alto
preço. Ao ler a respeito disso, refleti algo que o Senhor já havia falado
comigo sobre o custo da adoração e pensei: será que a minha adoração tem me
custado alguma coisa? Tenho feito algo por deleite ou tenho pensado naquilo que
irei ganhar? O que estou sacrificando com a minha oferta ao Senhor?
Isso é uma
questão importante a ser refletida porque, a exemplo da atitude de Davi,
devemos oferecer o nosso melhor sacrifício ao Senhor. Certamente nossos
sacrifícios hoje não são bois ou carneiros como no Antigo Testamento, mas Deus
requer coisas de nós que exigem sacrifício, e isso pode ser diferente para cada
pessoa.
Muitos, no meio
da caminhada, acabam ofertando a Deus algo por obrigação, sem prazer, sem
devoção. Oferecem ao Senhor apenas o que sobra, o resto de sua vida, de seus
talentos, de seu tempo, de suas finanças. Muitas vezes perdendo tempo precioso
de devoção a Deus assistindo filmes ou maratonando séries, ou mesmo quando não
priorizamos o culto ao Senhor e acabamos realizando outras das nossas inúmeras
atividades, perdendo, assim, a oportunidade de sermos alimentados por Deus com
sua Palavra e de desfrutarmos da comunhão com a igreja.
Contudo, servir
ao Senhor tem um custo, e esse pode ser na sua vida profissional, quando
escolhemos deixar de realizar algum trabalho ou tarefa que vai de encontro com
a palavra de Deus. Ou mesmo quando deixamos de trabalhar naquele lugar em que
sabemos que vai custar a nossa paz, nossa santidade. Há também o custo social,
no seu conforto e até na sua saúde. Mas, acredite, vale a pena. Vale a pena
oferecer o melhor ao Senhor e fazer isso sem medir, sem limites, sem colocar
obstáculos, apenas dar o seu melhor, amando-o até o fim.
Lembra-se
daquela mulher em João 12 que quebrou um vidro de perfume que custava o salário
de todo ano aos pés de Jesus? Muitos que viram ela fazendo isso pensaram: “que
desperdício”, mas o que o mundo considera como desperdício, perda, Deus vê como
belo.
O nosso Deus,
Jesus Cristo, também pagou um alto preço por nossa redenção, para que fôssemos
livres da praga do pecado (1Pe 1.18,19). Cristo deu a si mesmo como sacrifício
vivo! “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico,
tornou-se pobre por vossa causa, para que fosseis enriquecidos por sua pobreza”
(2 Co 8.9).
Esse é o nosso
Deus, o Todo Poderoso, Rei dos Reis, Senhor do Universo. Ele fez aquilo que não
poderíamos fazer. Realizou um sacrifício que não poderíamos ofertar. Ele, com
seu amor interminável e incondicional, enviou o Seu Filho para ser o nosso
sacrifício.
Como posso dizer
não quando Ele me pede para sacrificar relações familiares diárias próximas e
algum conforto e saúde? Jesus sacrificou sua vida na cruz por mim. A Ele vale a
pena, toda Honra e toda Glória.
Ofereça a Deus o
melhor, sem reservas. Que o Espírito Santo nos mostre e nos conduza a melhor
forma de ofertar e oferecer algo ao Senhor. Que deixemos as nossas
necessidades, tempo, desejos e projetos pelos do Senhor. Que busquemos
desenvolver o melhor para o Senhor com vistas a entregar algo excelente a Ele,
aquilo que temos de melhor.
Por fim,
saibamos que as coisas podem até não ser perfeitas e que tempos difíceis podem
nos sobrevir, mas Jesus caminha ao nosso lado. Ele prometeu que estaria conosco
todos os dias das nossas vidas. Este é o nosso Deus, aquele que fez e pode
fazer muito além do que podemos imaginar e é a Ele que ofereceremos sacrifícios
que custam toda a nossa vida.
Kelly Balbino
Textoooooo muuuuuuuuuuuuitooooooooooooo edificante!!! Louvado seja Deus.
ResponderExcluirEdificante
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